Mosaiko capacita membros de Grupos Locais em Resolução de Conflitos

A formação teve o apoio da União Europeia e da Embaixada da Suíça em Angola.

Com os Grupos Locais de Diretos Humanos

Num total de 20 membros de Grupos Locais de Direitos Humanos (GLDH) foram capacitados em temática de Resolução de Conflitos, de 23 a 27 de Julho, na Casa das Irmãs Mercedárias de Viana, em Luanda.

Foram 7 mulheres e 13 homens que têm acompanhado, encaminhado e mediado casos de conflitos em algumas localidades das províncias de Benguela, Cuanza Norte, Huíla, Lunda Norte, Malanje, Moxico, Uíge, Luanda, Cuando Cubango e Cunene.

A formação foi promovida pelo Mosaiko | Instituto para a Cidadania com o apoio da União Europeia e da Embaixada da Suíça em Angola.

Para a facilitadora e psicóloga organizacional, Anabela Martins, “os participantes começaram por avaliar e reflectir sobre o Iº Módulo no ano passado que se baseou na contextualização do conflito e em como ser mediador. Já neste IIº Módulo a partilha, discussão e a troca de experiências marcaram a formação”.

Durante os cinco dias de formação, os participantes abordaram temas como: Eu e o Processo de Resolução de Conflitos; Experiências Vividas na Resolução de Conflitos (casos de sucesso e de insucesso); Reformular Etapas do Processo de Mediação de Conflitos; e a Oficina de Técnicas de Escuta Activa.

“Houve uma riqueza de partilha, tanto do ponto de vista de casos de sucesso como de insucesso. Os formandos aproveitaram ainda para pedir conselhos de como resolver conflitos específicos”, afirmou a facilitadora.

Sobre o Iº Módulo e a metodologia da formação

O assessor dos GLDH do Mosaiko, Filipe Pedro, destacou que o Iº Módulo de formação serviu para adquirir as ferramentas técnicas que constituem a base para garantir a possibilidade de chegar à mediação e neste IIº Módulo, os grupos corresponderam às expectativas mostrando que são capazes de mediar e conciliar os casos que afectam a vida do grupo e das comunidades.

O primeiro módulo deste ciclo de Formação foi realizado de 4 a 8 de Dezembro de 2017, no mesmo local, e reuniu 23 representantes de 23 grupos Locais de Direitos Humanos, provenientes de 10 províncias do País.

A formação foi facilitada pela psicóloga Anabela Sachombele Martins, acompanhada pela coordenadora do Departamento de Justiça e Direitos Humanos, Djamila Ferreira, e pelo assessor de Grupos Locais de Direitos Humanos, Filipe Pedro.

União Europeia reafirma a parceria

Durante o discurso de abertura, a representante da União Europeia, Raquel Barquinha Luz reafirmou o compromisso da sua organização com os projectos do Mosaiko.

“A União Europeia apoia os projectos do Mosaiko, porque trata de áreas importantes que se enquadram nos instrumentos europeus de promoção da democracia e dos Direitos Humanos”, reafirmou a representante que destacou os trabalhos do Mosaiko nas questões de “combate à violência, empoderamento das mulheres, acesso à justiça, direito à educação e o direito à terra temas que devem ser melhorados e ter um tratamento diferente no mundo inteiro”.

Director Geral apela à partilha

No final, o director do Mosaiko, frei Júlio Candeeiro, agradeceu os membros dos grupos locais por terem deixado os seus trabalhos e famílias para participar na formação e apelou-os a transmitirem aos seus companheiros de grupo tudo o que aprenderam no encontro. “As formações não fazem sentido se não tiverem nenhuma utilidade, é importante partilhar entre os grupos e aplicar nos contextos locais”, reforçou.

E os participantes fizeram avaliações positivas da formação e assumiram o compromisso de partilhar com os outros membros dos grupos locais e com as comunidades as experiências obtidas durante a formação. “E se possível realizar seminários e formações com os outros membros dos grupos a que pertencemos”, afirmaram.

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