65º ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Evocando o testemunho de Nelson Mandela "Madiba"

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

10 de Dezembro de 2013

Este aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos tem cor e ressonância invulgar. Com efeito, neste dia, milhões de seres humanos, nos quatro cantos do mundo, se reconhecem e festejam a vida exemplar de um cidadão que encarnou como ninguém no século XX a exigência primeira da Declaração – “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.

Todos os anos neste dia 10 de Dezembro os cépticos, os pessimistas, chamemo-lhes assim, manifestam-se para dizer que para nada serviu a DUDH, pois continuamos a ter violações dos direitos todos os dias, e em muitos lugares da Terra. E isso é verdade. Mas muitos outros estão prontos a reconhecer que quaisquer que sejam os limites ou as insuficiências desse documento, o mundo estaria muito pior sem essa Declaração de Princípios.

É inimaginável o caminho percorrido nestes 65 anos. Torturar, fazer crueldades aos outros, discriminar etnias e povos inteiros tudo isso era considerado normal pela maior parte das pessoas. Era considerado normal e até se aplaudiam por vezes tais comportamentos. Assim ao terminar esta breve nota sobre os 65 anos da Declaração façamos só a seguinte reflexão.

No dia em que nas Nações Unidas se assinou essa Declaração – 10 de Dezembro de 1948 – a maior parte dos jornais da época, ignoraram esse acontecimento, onde se dizia solenemente que todos os homens nascem livres e iguais. Sessenta e cinco anos depois milhões de pessoas em todo o mundo reconhecem-se e saúdam a figura exemplar de Nelson Mandela. Este homem que sofrendo uma das maiores discriminações legais sobre a igualdade o regime do Apartheid – soube ao passar de oprimido à liberdade, reconhecer esse principio para o povo de uma nação inteira. Ao aplaudirem Nelson Mandela esses milhões de pessoas estão todas a aplaudir e a aprovar aquele principio consignado no primeiro artigo da Declaração. “Todos nascemos livres e iguais” Quanto caminho andado!

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