De 06 a 10 de Novembro de 2017, decorreu, em Luanda – Viana, em Casa das Irmãs Mercedárias da Caridade, o II módulo de formação sobre resolução de conflitos. Participaram da formação 19 membros dos Grupos Locais de Direitos Humanos, vindos de 14 municípios (Cazenga, Cambanbe, Quela, Dundo, Chitato, Cuango, Menongue, Luena, Mavinga, Matala, Cubal, Balombo, Jamba-Mineira, Ganda) e de 8 províncias e de Angola (Luanda, Lunda-Norte, Malanje, Huíla, Benguela, Cuando Cubango, Moxico e Kuanza Norte), dentre eles 6 mulheres.
A formação foi organizada pelo Mosaiko, contou com a facilitação da Assistente Social Carlinda Monteiro e apoio da União Europeia e Embaixada da Suíça em Angola.
Na sessão de abertura do seminário, esteve o representante da Embaixada da Suíça, Marcos Santos que afirmou que o apoio aos Direitos Humanos é uma das linhas de trabalho da diplomacia suíça em todo o mundo e destacou a necessidade de se realizar esta formação diante dos problemas que os municípios encontram para aceder à justiça formal.
Nos dois encontros: Fevereiro e Novembro- a análise de contexto e da sentimento das pessoas em relação ao país foram peças chave para se começar a falar sobre a resolução de conflitos. As transformações políticas no país estabeleceram o novo marco do que trabalhar. No primeiro módulo, celebrado no período pré eleitoral, os assistentes ligavam a imagem de Angola à corrupção, pobreza e violência, enquanto nesta segunda edição a esperança, a paz e as mudanças animaram os presentes a trabalhar de maneira calma e com atitudes positivas. Segundo expressaram os participantes, o relevo na presidência do país trouxe uma mudança no discurso e, ainda que não haja feitos que o acreditem, há uma percepção dum novo discurso aberto à sociedade civil que influencia da maneira directa no exercício da mediação e resolução de conflitos.
Durante os cinco dias, os participantes partilharam as suas experiências esclareceram as dúvidas sobre os casos resolvidos ou em processo de mediação e trabalharam valores através de dinâmicas e trabalho em grupo.
Em Dezembro este primeiro grupo dará lugar a outro para que mais pessoas possam aprender e trabalhar na resolução de conflitos.
Mosaiko 20 anos ao serviço dos Direitos Humanos