11 de Fevereiro
Segundo a OMS “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”. Mas a saúde em Angola apresenta-se como um grande desafio para todos: Estado, instituições publicas e no só, organizações da sociedade civil e para a população em geral.
Assim reconhece o Plano Nacional de desenvolvimento sanitário 2012-2025: “Apesar da melhoria significativa dos principais indicadores de saúde globais do País, Angola ainda tem uma elevada taxa de mortalidade materna, infantil e infanto-juvenil, alta incidência de doenças infecciosas e parasitárias com destaque para as grandes endemias, doenças respiratórias e doenças diarreicas, um nível de malnutrição elevado em menores de 5 anos, persistência de surtos de Cólera, Raiva e Sarampo, e um aumento exponencial de doenças crónicas não transmissíveis (DCNT), sinistralidade rodoviária e violência. As doenças transmissíveis, ainda são responsáveis por mais de 50% dos óbitos registados na população“.
Alem disso, de acordo com os dados da Estratégia da cooperação da OMS com os países 2009-2013, em Angola apenas 44,6% da população tem acesso aos serviços de saúde, um país onde a esperança de vida é de 52 anos e o governo gasta apenas 6,68 % do orçamento do Estado com o sector da saúde. Aqui existe 1 médico e 13 enfermeiros para 10.000 habitantes
Infelizmente estas deficiências no campo da saúde não se limitam só as enfermidades mencionadas, é possível constatar também o pouco cuidado com que são tratados os doentes nos hospitais, a escassez ou inexistência de medicamentos (muitas vezes básicos) para combater as doenças. Muitos dos hospitais são apenas estruturas físicas, dentro não se encontram as condições básicas para atendimentoaos doentes.Vê-se muitas vezes dois pacientes numa mesma cama. O número de médicos é baixo, segundo a OMS, deveria haver um médico por cada 1000 habitantes, mas no nosso país, encontram-se um médico por cada 10.000 habitantes ou mais. Mas estes dados são apenas estimativas, uma vez que não sabemos exactamente quantos somos no país.
Perante esta situação, há necessidade de uma reorganização do Estado em relação à política de saúde no país que facilite uma adequada organização entre as diferentes entidades competentes, de tal forma que se atenda com dignidade e justiça o doente, aliviando na medida do possível a sua dor.