Mosaiko realiza o 6º Encontro Nacional Aprendendo Juntos

O encontro reuniu 31 membros dos Grupos Locais de Direitos Humanos (GLDH).

O Mosaiko | Instituto para a Cidadania realizou, de 25 a 27 de Abril, a 6ª edição do Encontro Nacional Aprendendo Juntos, na Casa de Espiritualidade das Irmãs Mercedárias, em Viana.

O encontro reuniu 31 membros dos Grupos Locais de Direitos Humanos (GLDH), entre os quais 7 mulheres e 24 homens, de 10 províncias do País: Huíla, Uíge, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Benguela, Malanje, Moxico, Lunda Norte e Luanda.

No seu discurso de abertura, o Director do Mosaiko frei Júlio Candeeiro felicitou a presença dos participantes e desejou uma boa formação para todos. “Que este momento seja produtivo”, disse.

Presente na actividade, a representante da Embaixada do Reino dos Países Baixos Carina Van-Dúnem disse que a sua instituição tem um grande interesse em apoiar o Encontro Nacional Aprendendo Juntos, pela importância que tem para os Grupos Locais de Direitos Humanos e para as comunidades com que trabalham.

Durante os três dias da sessão, os participantes avaliaram e reflectiram sobre o ano de 2017, partilharam as suas experiências de trabalho sobre o registo civil, Resolução de Conflitos e realização de palestras nas comunidades.

Na tarde do segundo dia, os 31 participantes dirigiram-se ao Instituto Superior João Paulo II, para participar na Sessão de Lançamento do Relatório da Pesquisa “Avaliação Participativa sobre o Acesso à Justiça” e do Estudo de Caso sobre Registo Civil, onde alguns membros dos GLDH apresentaram publicamente as suas experiências de trabalho e constatações sobre a situação do registo civil nas suas comunidades.

A assessora de GLDH do Mosaiko Djamila Ferreira disse que o Encontro Nacional Aprendendo Juntos deste ano “trouxe muitas novidades, dentre elas: novos participantes, novos temas, dinâmicas diferentes, recreação e trabalhos em equipa”. “O objectivo é fazê-los reflectirem em conjunto e aprenderem novas formas de trabalhar os Direitos Humanos” informou a assessora.

Os participantes mostraram-se satisfeitos pela realização do encontro. Mariano Sangueve afirma ser de “grande importância a troca de experiências entre si, para a reestruturação das metodologias de trabalho”, com vista a melhorarem as suas acções nas associações a que pertencem.

“O encontro permitiu-me repensar na minha postura enquanto membro da comunidade ” afirmou.

Por outro lado, a membro do Grupo Comunitário do Bairro da Graça Sónia Arthur admite haver ainda uma fraca participação por parte das mulheres nestes eventos, mas acredita ser possível reverter a situação com as aprendizagens obtidas nas abordagens de liderança feminina. “A sociedade é feita de homens e de mulheres; quem educa uma mulher está a educar uma sociedade”, disse a participante que apelou a uma sensibilização das mulheres para a participação pública, pois pensa ser importante para qualquer sociedade. “Isso faz toda diferença”, concluiu.

GLDH comprometem-se a trabalhar no Direito à Educação

Durante o Encontro, os líderes dos GLDH elegeram a “Educação” como o direito de intervenção comum para este ano, compromisso que vai culminar com uma apresentação pública, em 2019, sobre os resultados do trabalho efectuado em torno deste direito humano fundamental nas diferentes províncias do País.

No final do evento, o Director do Mosaiko agradeceu os participantes e apelou-lhes a transmitirem nas suas comunidades tudo quanto se tratou no encontro. “Que ninguém possa dizer isso é com os que foram em Luanda”, apelou.

A equipa do Mosaiko esteve constituída pela assessora da direcção Daniela Vietas, pela coordenadora do Departamento de Justiça e Direitos Humanos irmã Joana Janja, a advogada-estagiária irmã Francisca Imaculada, os assessores dos Grupos Locais de Direitos Humanos Djamila Ferreira, Filipe Pedro, José Samoko, e Agostinho Lumati, a voluntária Graça Ema e pelas jornalistas estagiárias Carla de Oliveira e Maria Esteves.

Grupos participantes

Estiveram representados no evento 24 Grupos Locais de Direitos Humanos:, nomeadamente: Núcleos de Direitos Humanos da Jamba Mineira, Tchamutete, Dongo, Matala, Capelowela, Capelongo, Cubal, Ganda e o PRODEM – Projecto de Desenvolvimento da Mavinga; Comissões Mistas de Direitos Humanos de Kwanza Norte, Kikulungo, Lucala, Samba Caju, Comissões Paroquiais de Justiça e Paz do Dundo, do Cuango,  Cafunfo, Quela, Gabela; Grupo Comunitário do Bairro da Graça; Grupo Dinamizador de Direitos Humanos do Quela e e o Grupo de Direitos da Escola Escola Teresiana de Luena.

 

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