Mosaiko participa no 12° Encontro Mensal do Ondjango Feminista

Irmã Cecília Prudêncio facilita palestra sobre a conciliação entre práticas religiosas e princípios feministas

ONDJANGO FEMINISTA

30 de Julho

ADRA, Luanda

No último dia 30 de Julho, a coordenadora da Biblioteca Mosaiko, irmã Cecília Prudêncio participou do 12° Encontro Mensal do Ondjango Feminista, que decorreu no Maculusso, em Luanda.

Nesta actividade, cerca de 30 mulheres de diferentes idades, denominações religiosas e níveis académicos estiveram presentes e reflectiram o tema: conciliando e equilibrando práticas religiosas e princípios feministas: perspectivas de mulheres cristãs, o assunto foi facilitado pela Irmã Cecília.

A irmã explica que o objectivo deste encontro foi partilhar e encontrar pontos de conciliação de vivências cristãs ligadas ao feminismo, uma das preocupações delas é a questão: É possível ou não serem crentes cristãs e feministas ao mesmo tempo?, disse a irmã.

Para ajudar nesta reflexão, o texto bíblico do profeta Miquéias foi uma das bases. O escrito traz especialmente três experiências religiosas fundamentais para a convivência social: A prática da justiça, amar com lealdade e caminhar humildemente com nosso Deus. Segundo a irmã, estas três práticas também inspiram as mulheres e não ficam longe das lutas feministas. Aqui encontramos um ponto de conciliação, afirma Cecília.

Encontros Mensais

Os encontros mensais do Ondjango Feminista ocorrem sempre no último domingo de cada mês. Em Luanda a actividade é realizada na sede da Ação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA). As formações são abertas à todas as mulheres que têm interesse em conhecer mais sobre o Movimento Feminista Africano. Para isso, são feitas palestras, rodas de discussão, exibição de filmes, trabalhos de grupos, partilhas de experiências e convívio.

Ondjango Feminista

O Ondjango Feminista é um colectivo de mulheres, autónomo, de activismo e educação em prol dos direitos humanos das mulheres e meninas, em Angola. E tem como perspectivas chamar atenção para uma agenda feminista transformadora a partir de práticas de justiça social, solidariedade e liberdade. O Ondjango acredita que é possível a construção de uma sociedade angolana mais justa para as mulheres, e livre de todas as formas de opressão e exploração patriarcal.

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