Cidadãos que criticam e agem

Os participantes de mais uma edição do Cidadania em Debate, com o tema: “O país para lá dos partidos”, decorrido no sábado passado, 19, constataram que além de “apontar o...

Os participantes de mais uma edição do Cidadania em Debate, com o tema: “O país para lá dos partidos”, decorrido no sábado passado, 19, constataram que além de “apontar o dedo” é preciso começar a agir.

Aléxia Gamito do Movimento Cívico Mudei,  Isaac Paxe, professor  e o cidadão Emanuel Piedade, foram convidados a reflectir sobre um ainda, hipotético cenário em que os partidos são secundados por uma cidadania actuante que não só se manifesta, como também, operacionaliza os mecanismos existentes para assegurar o desenvolvimento do país.

“O Estado deve criar o ambiente propício para que aos cidadãos seja oferecida a real possibilidade de exercício dos seus direitos e deveres e a plena possibilidade de participar no desenvolvimento da sua comunidade ou do seu país…enquanto autoridade política”, afirmou Alexia Gamito, sustentando que o indivíduo é quem, realmente, tem o protagonismo nas mudanças, mesmo fora dos partidos políticos.

Issac Paxe, por sua vez, defendeu uma acção cidadã voltada para a educação e apontou os “rótulos políticos” como empecilhos à possibilidade de um “cidadão, dentro de um partido, se olhe fora dele”, fazendo com que a individualidade seja, naturalmente, eliminada.

Entre os participantes, a noção de que o desconhecimento das leis e mecanismos limita a actuação dos cidadãos ficou ainda mais patente ao ouvirem as ideias que os convidados apresentaram.

“Os cidadãos podem, até mesmo apresentar propostas de leis e alterações à Assembleia Nacional, mas o desconhecimento dessas coisas faz muitos errarem”, referiu Armindo Licuassa, admitindo ainda que “o facto de desconhecermos as leis que nos permitem fazer certas coisas é o que limita as nossas acções fora do mundo político-partidário”.

Apoio: MISEREOR

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