“Não tenhamos vergonha de falar da pobreza”

Semana Social

O bispo da diocese do Namibe, Dom Dionísio Hisiilenapo, apelou aos cidadãos e ao governo a não terem “vergonha de falar da pobreza” e reconhecer que “ela “existe”.

A afirmação foi feita, durante a Semana Social Diocesana do Namibe, que acontece na cidade de Moçâmedes, sobre o tema: Desenvolvimento Sustentável, com foco na erradicação da pobreza na província.


“Temos que ter muita coragem para podermos aprofundar o tema da pobreza”, defendeu o bispo para quem as discussões profundas e trabalhos eficazes para a erradicação da pobreza precisam da coragem de todos os cidadãos, por dizerem respeito a todos.


Por sua vez, o director provincial da Agricultura, Gabriel Félix, constatou o que está a ser feito a nível da província: A doação de alimentos e a criação de furos de água para as populações e para o gado, mas “para a agricultura nada está a ser feito”, revelou.


Considerando a agricultura fundamental para a erradicação da pobreza na província, o governante falou do Programa de Apoio Directo à Produção Camponesa, criado a nível provincial, para o fomento da produção local e combate à fome e à pobreza, mas que agora já não está a funcionar.


Gabriel Félix criticou as actuais medidas do Executivo para combater a fome e alegou ser por falta de apoio do governo e inoperacionalidade dos meios materiais de trabalho que o Programa de Apoio Directo a Produção Camponesa deixou de funcionar.


Para participante Miguelina Jovete, a situação da fome e da pobreza na província pode ser combatida se forem levadas em consideração as contribuições feitas durante a Semana Social: O investimento eficaz na agricultura; E a necessidade de trabalhar com os agricultores sobre as técnicas agrícolas mais produtivas.


Sobre a Semana Social
A Semana Social Diocesana do Namibe acontece de 28 a 30 de Outubro, na cidade de Moçamedes (capital do Namibe), com a organização da diocese local, em parceria com o Mosaiko e apoio da Misereor. E reúne cerca de 140 pessoas, desde representantes do governo provincial, professores, estudantes, jornalistas, religiosos e religiosas, e pessoas singulares.


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