“Há um longo caminho a ser percorrido”, concluíram as participantes do encontro sobre o Orçamento Geral do Estado na perspectiva do género, abordado na quarta-feira, 24, no jango do Mosaiko, em Viana.
Depois de analisarem os planos financeiros do Estado Angolano dos últimos três anos, Daniela Vieitas, gestora do projecto de Promoção da Advocacia de Políticas Públicas Inclusivas em Angola, em implementação pelo Mosaiko, refere que não é “nada evidente assumir que temos um OGE na perspectiva do género.”
O encontro juntou membros de diferentes instituições desde mulheres parlamentares, responsáveis ministeriais à sociedade civil, para trabalharem o OGE a partir da perspectiva género.
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Idalinda Rodrigues, que esteve na organização do encontro, avança que o objectivo é que as mulheres que participem destes encontros, capacitem outras mulheres e desenvolvam conhecimentos em questões de género.
Para Iracelma Mwalundaquique já participou em pesquisas realizadas pelo Mosaiko, revela que uma abordagem do OGE sensível ao género é um orçamento com um olhar para as mulheres e homens,“um orçamento em que nas diferentes fases (elaboração, discussão, votação e fiscalização) olha-se o seu impacto e das respectivas políticas públicas, sobre homens e nas mulheres.
O efeito dos diferentes programas orçamentados, analisados na perspectiva do género foi outro ponto do encontro, em que se aproveitou para exemplificar: “Quem perde mais tempo a acarretar água são as mulheres, então, quando não se investe num programa de Água Para Todos significa que as mulheres são as mais prejudicadas. Este é um investimento na perspectiva de género”, destaca.
O encontro que durou cerca de seis horas contou com a participação de Áurea Pereira, em representação da União Europeia em Angola.
O encontro que durou cerca de seis horas contou com a participação de Áurea Pereira, em representação da União Europeia em Angola.
