“A busca da felicidade é um dos objectivos fundamentais do ser humano”
Esta afirmação é das Nações Unidas, expressa na resolução de instituição do Dia Mundial da Felicidade – 20 de Março, aprovada em Junho de 2012.
Os ideiais desta efeméride já tinham sido percebidos, desde 1972, pelo povo do Butão, um pequeno reino budista localizado nos Himalaias, que ao invés de adoptar como estatística oficial o Produto Interno Bruto (PIB), analisa a Felicidade Nacional Bruta (FIB), com a finalidade de examinar não apenas o crescimento económico, mas também os aspectos psicológicos, culturais, ambientais e espirituais da população. Para o Reino do Butão, a Felicidade é um dos indicadores, senão o mais importante, da análise do progresso social e da concretização dos objectivos do reinado.
Depois de 40 anos de “experiência butista” na adopção da felicidade como indicador nacional prioritário, o mundo, através das Nações Unidas, apercebeu-se da necessidade de se tornar viva a finalidade de cada um e de todos serem felizes. Por isso, há 6 anos, 193 Estados aprovaram, por unanimidade, a proposta de se celebrar todos os anos o Dia Mundial da Felicidade.
A proposta da ONU é de que o medir a felicidade e alcançar o bem-estar da população esteja na agenda de cada nação, de maneira que todos consigam alcançar as metas estabelecidas pelos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030), assumidos pelos estados em 25 de Setembro de 2015, com a finalidade de tornar o mundo melhor.
A Felicidade das pessoas e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável são elementos de relação incontornável, pois a meta de base dos ODS é o alcance da felicidade das pessoas de todo o mundo e a garantia de que as próximas gerações também a possam alcançar.
Não nos parece haver uma margem de possibilidade de se atingir as metas dos ODS sem um evidente aumento da felicidade e o bem-estar entre as pessoas, nem tão-pouco se alcançar a felicidade no mundo sem a concretização dos objectivos e metas da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
Como disse Novais Félix, a Agenda 2030 “representa realmente um plano de acção para as pessoas, para o planeta e para o futuro, onde será promovida uma sociedade mais pacífica e inclusiva” (texto de opinião sobre a Importância dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, Revista Mosaiko Inform, edição 32.
Em 2013, Ban Ki-moon na sua mensagem para o primeiro Dia Internacional da Felicidade afirmou que “quando contribuímos para o bem comum, enriquecemo-nos a nós próprios. A compaixão promove a felicidade e ajudará a construir o futuro que queremos”.
O futuro que tanto almejamos é um mundo de pessoas felizes. Isto pode parecer utopia, mas é o que nos impulsiona a caminhar todos os dias, ajudando-nos uns aos outros na construção de uma sociedade mais pacífica e com níveis de inclusão social e satisfação individual desejáveis.
O contributo de cada um de nós, por mais pequeno que seja, é uma gota a mais no mar da felicidade que queremos e devemos construir. Como sustentou a ONU na resolução de instituição da efeméride, para isso é preciso “uma abordagem mais inclusiva e equilibrada ao crescimento económico que promova o desenvolvimento sustentável e o bem-estar” das pessoas.
Juntos por uma Angola melhor!
