Independência um Projecto adiado?” Foi a questão em foco no Cidadania em Debate no sábado, 11 de Novembro, discutida pela professora Cesaltina Abreu, o activista Zóla Álvaro e mais de 30 jovens, no jango do Mosaiko, em Viana.
Cesaltina Abreu afirmou que “o projecto independência falhou” considerando que faltou concertação entre os três movimentos. E hoje, a professora disse não ser possível continuar a pensar Angola e a preservar essa independência com as velhas cabeças a dirigir pois, essa independência conquistada em 75, não se reflecte na vida prática da população, não dá margem para a participação dos cidadãos e cidadãs. As velhas cabeças foram os responsáveis pela devastação dos pólos industriais, fábricas e todas as estruturas coloniais.
Tanto os facilitadores como os participantes do Cidadania em Debate, passados 48 anos de independência, esperavam uma Angola melhor, com educação e saúde de qualidade, saneamento básico, energia… Mas a esta altura, é incontestável que enquanto “as cabeças viciadas” determinarem os destinos do país, este sonho é uma utopia.
“É urgente repensar a independência”, afirmaram, criando consenso entre diferentes vozes e estratégias para alcançar uma Angola unificada e capaz de gerar crescimento e desenvolvimento, onde cada angolana e angolano tem o básico para viver.
A ideia de repensar a independência é imperativa pela falta de continuidade do trabalho de consolidação ou seja, até então em Angola, a independência é compreendida apenas como um facto histórico e não como um processo que vai além da proclamação e se constitui como projecto de nação.
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