20 de FevereirO
Segundo Wolmir Amado, “Justiça social é a expressão que foi formulada para sintetizar nossa condição antropológica universal, para estabelecer critérios de discernimento, para construir novas relações. É uma expressão explosiva e incómoda, pois, remete não apenas para as intenções mas para as situações concretas da vida“
A Justiça social também inclui o dever de organizar as instituições económicas e sociais de modo que as pessoas possam contribuir na sociedade tendo em conta o respeito pela sua liberdade e dignidade do seu trabalho. O Estado tem um papel importante no desenvolvimento da sociedade, tem o dever de garantir políticas públicas que favoreçam a sociedade no seu conjunto. Perante isso, cada cidadão tem o dever de assumir as suas responsabilidades tanto a nível da sua família como da comunidade. O trabalho para o bem comum é tarefa de todos e de cada um.
As condições de vida social que permitem aos grupos e indivíduos realizarem-se dignamente, bem-comum, incluem direitos de satisfação das necessidades materiais básicas (direitos económicos) assim como a garantia das liberdades fundamentais e protecção das relações que são essenciais para a participação na vida da sociedade.
Justiça social é também um término utilizado para fazer referência as condições necessárias que se desenvolvem numa sociedade relativamente igualitária em termos económicos. A crescente brecha entre os que acumulam riquezas e os que se encontram cada vez mais próximos ou inclusive debaixo da linha da pobreza revela-se como um escândalo para o mundo e para o nosso país.
Partilhamos aqui alguns princípios de inclusão social e de justiça social que foram anotados na Semana Social de 2007, organizada pelo Mosaiko:
- A igual dignidade de todas as pessoas humanas. Os direitos civis, sociais e económicos são para todos.
- A promoção da justiça e a justa redistribuição da riqueza
- A solidariedade, que é fraternidade, partilha e co-responsabilidade na construção de uma sociedade sem exclusão
- A liberdade que garante a participação de todos; e o reconhecimento do pluralismo, no respeito ao diferente
- A fidelidade aos pobres e às lutas por dignidade
- Serviço ao desenvolvimento integral da pessoa (desenvolvimento material, relacional, cultural e espiritual)
- Consumo responsável e solidário, a fim de assegurar o acesso a todos.
