18 de Julho
Sentado em Qunu e a envelhecer como as colinas da minha aldeia, continuo com a esperança de que no meu país e na minha região, no meu continente e no mundo, há de surgir um grupo de líderes que não vai permitir que se negue a liberdade à alguém como aconteceu connosco, que ninguém se torne um refugiado como nós, que ninguém seja condenado a passar fome como nós e que ninguém seja privado da sua dignidade como nós.
As Nações Unidas consagraram em Novembro de 2009, o dia 18 de Julho como o Dia Internacional Nelson Mandela, em reconhecimento à contribuição do ex -presidente da África do Sul à cultura da paz e da liberdade para a humanidade.
Uma homenagem à memória de um homem que dedicou toda sua vida ao serviço da humanidade. Trabalhou incansavelmente na resolução de conflitos, comprometeu-se na busca das relações entre as raças através da defesa dos direitos humanos e dos caminhos da reconciliação, além de trabalhar para o desenvolvimento das comunidades e povos mais vulneráveis.
Em Mandela, podemos reconhecer como o legado de um homem não se mede apenas pelo que faz, mas pela sua capacidade de viver, o seu empenho em manter intacta a sua humanidade no meio da injustiça e da dor. Não deixa de ser impressionante como este homem foi capaz de projectar a gestão do seu governo a partir do diálogo e reconciliação, depois de passar 27 anos na cadeia.
Em Mandela, podemos constatar, como é possível um compromisso com a justiça e direitos humanos a partir de uma perspectiva construtiva, pacífica e geradora de dinâmicas de vida. A mudança necessária, requer homens e mulheres reconciliados com a humanidade ferida e comprometidos em tornar possíveis por caminhos alternativos ao poder e violência, um mundo mais justo e habitável para todos. O nosso mundo também precisa de organizações locais, nacionais ou internacionais, de governos que se comprometam efectivamente em criar políticas que promovam o desenvolvimento humano e que alcance de maneira especial as vitimas de todo o tipo de injustiças.
Todos os anos, a fundação Nelson Mandela propõe que todos, desde o lugar onde se encontre e de acordo com as possibilidades, dedique 67 minutos em ajudar os outros. Estes 67 minutos recordam os 67 anos, que Mandela dedicou a sua vida ao serviço da humanidade. Este ano, os funcionários da ONU, o secretário-geral, Ban Ki-Monn, em parceria com a MillionTreesNYC, vão dedicar parte do seu tempo a sujar as mãos com sementes, estrume, água e lama ao plantar árvores nas ruas da cidade de Nova York.
Acreditamos que é uma oportunidade e um desafio para cada um de nós. Cada pessoa pode comemorar este Dia contribuindo, a enfrentar os verdadeiros problemas que afectam as nossas comunidades. Juntos podemos dar um significado mais profundo a nossa celebração lançando as bases para um futuro melhor