Dia da Mulher Angolana

As mulheres são a maioria da população e a maior força de trabalho economicamente activa no mercado informal

DIA DA MULHER ANGOLANA

02 de Março

Luanda

O homem e a mulher são iguais no seio da família, gozando dos mesmos direitos e cabendo-lhes os mesmos deveres expressa o Artigo 29 da Lei Constitucional de Angola. Achamos importante lembrar isto como motivo da celebração do Dia da Mulher Angolana.

Pensar e falar da mulher angolana, leva-nos a contemplar um mosaiko grande e amplo de possibilidades que vão para além das grandes fragilidades. A mulher angolana hoje em dia desenvolve-se em diferentes campos: ela é ministra, administradora, professora, médica, enfermeira, doméstica, zungeira… nestas áreas e não só, desenvolvem a suas capacidades contribuindo para o progresso do país.

No entanto, somos conscientes das limitações que existem para o desenvolvimento pleno das capacidades da mulher, pois ainda existem muitos preconceitos e questões culturais que a relegam para um sector legitimado socialmente. Muitos dos preconceitos começam na família, onde muitas vezes se promove a educação dos rapazes em detrimento das raparigas. Nos serviços públicos vemos como as mulheres não são promovidas para cargos de chefias.

Com o motivo da V Semana social, a socióloga Delma Monteiro, abordou o tema da Igualdade de género em Angola e deixou as seguintes sugestões:

Assim, podemos dizer sem medo de ser conotados (feministas) que igualdade de género garantirá o aceleramento do desenvolvimento social em Angola pelas seguintes razões:

  • As mulheres são a maioria da população e a maior força de trabalho economicamente activa no mercado informal;
  • Permite que homens e mulheres tenham espaço para se desenvolver como pessoa de uma forma mais integral (Holística) deixando de lado a ideia de tarefas e profissões específicas para homens e mulheres;
  • Maximiza o aproveitamento dos recursos humanos de um país influenciando a migração dos homens e das mulheres para outras áreas da actividade económica;
  • Abre espaço para maior equilíbrio familiar e consequentemente maior equilíbrio social;
  • Desafia as estruturas públicas a prover cada vez mais e melhores serviços para a população reconhecendo e valorizando as áreas da saúde e educação;
  • Maximizar a ideia de que a desigualdade de género é uma injustiça social e portanto um travão para o desenvolvimento sustentável.
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