A informação consta do Relatório Global de Tráfico de Pessoas – 2015, lançado nos Estados Unidos no dia 27 de Julho do corrente ano, que afirma que há angolanos forçados a trabalhar na agricultura, pesca, construção, serviços domésticos e exploração artesanal de diamantes no país.
Segundo o documento, em Angola, cidadãos chineses exploram crianças angolanas em fábricas de tijolos, construção e actividades agrícolas, o que tem contribuído em grande plano para o aumento do trabalho infantil no país. Por outro lado, mulheres e crianças são submetidas a servidão doméstica e escravidão sexual na África do Sul, Namíbia e países europeus, entre eles Holanda e Portugal.
As vítimas de tráfico não são apenas do sexo feminino, os rapazes também são vítimas desta prática, principalmente os residentes no Sul de Angola, onde alguns são levados para a Namíbia para trabalhar no pastoreio de gado, enquanto outros são forçados a servir como mensageiros em redes ilegais de importação no comércio transfronteiriço.
O documento reconhece ainda existirem mulheres do Vietname e do Brasil que são alvo de tráfico para prostituição em Angola, juntamente com chinesas e congolesas, estas também para trabalhos forçados no país e alvo de vários tipos de violência.
O Executivo Angolano tem feito esforços significativos para combater este crime. Segundo consta do relatório norte-americano, durante a elaboração deste mesmo do relatório, o executivo Angolano demonstrou maior interesse sobre as questões de tráfico de pessoas e fez esforços para melhorar a sua capacidade para lidar com este crime.
A República de Angola ratificou as Convenções das Nações Unidas contra o Tráfico Ilícito de Estupefacientes e de Substâncias Psicotrópicas, a Criminalidade Transnacional e a Supressão do Financiamento ao Terrorismo, com vista a garantir a segurança territorial e do sistema financeiro angolano.