Seminário de Direitos Humanos na Província de Lunda Norte

29 a 31 de Outubro Cuango-Kafunfo Organizado pela Comissão Diocesana de Justiça e Paz do Dundo, o referido seminário contou com a participação de 66 participantes dentre os quais 16...

29 a 31 de Outubro

Cuango-Kafunfo

Organizado pela Comissão Diocesana de Justiça e Paz do Dundo, o referido seminário contou com a participação de 66 participantes dentre os quais 16 mulheres. Rodeado de expectativas relativas a realidade do município, o seminário foi facilitado pela equipa do Mosaiko constituída por Frei Mário Rui, membro da Direcção, e Hermenegildo Teotónio, Assessor em Direitos Humanos.

O grupo de participantes esteve constituído por pessoas oriundas de várias comunas do Município do Cuango, nomeadamente: Luremo, Camuxilo, Gica, Capenda Camulemba, Mwanamahango, entre eles encontravam-se professores, catequistas e autoridades tradicionais (Rainhas e Sobas).

Por ocasião da abertura do certame, o responsável da Paróquia São Francisco Xavier e da Comissão Paroquial de Justiça e Paz da Comuna de Capemba Camulemba, Padre António Macoco, reconheceu “a importância de conhecer os nossos direitos e deveres para que uma vivência sã entre os homens seja uma realidade“.

Na sessão de encerramento Irmã Joana Janja, Presidente da Comissão Diocesana do Dundo, apelou aos participantes para “que os conhecimentos adquiridos não fiquem somente em papéis, mas para ser transmitidos lá nas áreas onde se encontram e, acima de tudo, vivido no nosso dia-a-dia“. Salientou a importância de “conhecermos as leis para reclamarmos os nossos direitos e cumprimos com os nossos deveres, pois só reclama aquele que conhece e quem não conhece não será capaz de reclamar e, facilmente os seus direitos são violados“.

André Kandala, participante ao seminário, em entrevista ao Programa Construindo cidadania, lançou um apelo às pessoas residentes no município do Cuango – Kafunfo que não tiveram a oportunidade de participar no seminário, nos seguintes termos: “O que levo para outras pessoas é que seminários dessa natureza as pessoas devem aparecer. Porque há pessoas que não conhecem os seus direitos nem os deveres. Por causa desse desconhecimento e o medo, fazem com que as pessoas mesmo tendo as suas razões acabam por não fazerem nada, daí que vamos passar a palavra em debates e reflexões a volta dos assuntos apreendidos ao longo do seminário“. Concluiu.

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