Mosaiko conclui primeiro módulo de Formação sobre Resolução de Conflitos

É preciso que haja pessoas com o mínimo de capacidade para ajudar a resolver o conflito

FORMAÇÃO SOBRE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

Análise de contextos, a função da pessoa mediadora na resolução pacífica de conflitos, foram alguns dos assuntos reflectidos durante o Primeiro Módulo de Formação sobre  Resolução de conflitos, que decorreu dos dias 28 de Fevereiro a 4 de Março, na Casa de Espiritualidade das Irmãs Mercedárias, em Viana.

A actividade formativa promovida pelo Mosaiko | Instituto para a Cidadania reuniu mais de 30 pessoas, vindas de 10 Províncias do País. Dentre elas, estavam membros das Comissões de Justiça e Paz, e representantes dos Grupos Locais de Direitos Humanos.

Durante o encontro os participantes reflectiram sobre a realidade de suas Províncias, e com isso puderam perceber o quanto o contexto de modo geral pode afectar a vida das pessoas. A falta de trabalho, educação, saúde, e a pobreza são factores que influenciam no comportamento dos cidadãos.  É a partir destas situações que surgem os conflitos familiares e sociais, explica a assessora do Mosaiko, Elsa Teixeira.
Segundo ela, um exemplo de conflito familiar frequente é a acusação de feitiçaria, geralmente são acusadas crianças, rapazes em idade escolar e orfãos, são eles os que mais sofrem com as acusações, afirma Elsa.

Como resolver este e outros tipos de conflitos?
As facilitadoras, a pscicóloga especialista em Intervenção Social, Júlia António e a Assistente Social, Carlinda Monteiro, apresentaram aos participantes algumas dicas de como resolver as situações de modo pacífico.
Por meio de negociação, arbitragem, conciliação e mediação.

Para todos estes tipos de resolução é preciso que haja pessoas com o mínimo de capacidade para ajudar a resolver o conflito. E quando se trata da mediação, é bom pensar na função do mediador. Para isso, é importante que a pessoa inspire confiança, tenha conhecimentos básicos sobre as leis e que seja escolhida pela comunidade.

Para encerrar o encontro, os participantes assumiram o compromisso de apresentar propostas sobre o código de conduta do mediador. O primeiro módulo desta formação contou com apoio da União Europeia e dos Países Baixos.

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