20 de Fevereiro
Nesta sexta-feira comemora-se o Dia Mundial da Justiça Social. A Justiça Social aparece como um conceito chave para compreender o nosso tempo. Quando se fala de justiça é muito comum que se pense na justiça legal, naquela ligada à lei; sendo o princípio orientador a ideia de que todos os cidadãos são iguais perante a lei.
Porém, ao falar da justiça social, incluímos a ideia de que nem todos somos iguais, mesmo sendo de um mesmo país ou continente. Pois bem, reconhecer esta diferença em vez de levar-nos a discriminar, ela ajuda-nos a trabalhar para que o bem-estar alcance a todas as pessoas de toda a sociedade e em qualquer lugar do mundo.
Falar de justiça social é falar de direitos humanos, é pensar e fazer o possível para que sejam respeitados os direitos de homens e mulheres, respeitar a diversidade tanto religiosa, cultural e política. Falar de justiça social é comprometer-se na promoção e defesa dos direitos humanos.
Falar de justiça social desafia-nos cada dia, a viver activamente a nossa cidadania e assumir as nossas responsabilidades, em primeiro lugar com a sociedade onde vivemos, favorecendo o desenvolvimento do país e assim contribuir para fazer possível um mundo mais habitável para todos.
Partilhamos com vocês alguns extractos da Mensagem do Secretário-geral da ONU para este dia
O fosso entre os mais pobres e os mais ricos de todo o mundo é grande e está a aumentar. Esta situação acontece não só entre países, mas dentro deles, incluindo muitos dos mais prósperos. O Dia Mundial da Justiça Social é assinalado para destacar o poder da solidariedade global a fim de promover oportunidades para todos.
Circunstâncias tais como o lugar onde uma pessoa nasce, onde vive ou o seu género e etnia nunca deveriam determinar o seu rendimento ou as suas oportunidades de ter uma educação de qualidade, cuidados básicos de saúde, trabalho decente, habitação adequada, acesso a água potável, a participação política ou viver livre de ameaça ou violência física.
Com o ampliar das desigualdades, o tecido social das nossas sociedades estica demasiado criando tensões. Isso muitas vezes leva a uma espiral decrescente de incerteza económica e social e até mesmo distúrbios. Os conflitos violentos em muitas partes do mundo têm na maior parte das vezes na profunda desigualdade, discriminação e pobreza generalizada.
No entanto, não se consegue evitar a desigualdade. O nosso objectivo comum passa por tomar medidas práticas para eliminar esta enorme barreira para o desenvolvimento e dignidade humana.
A experiência mostra que o crescimento económico, por si só, não é suficiente. Devemos fazer mais para capacitar os indivíduos através de um trabalho decente, apoiar as pessoas através da protecção social e assegurar que as vozes dos pobres e marginalizados são ouvidas. À medida que continuamos com os nossos esforços para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e moldar uma agenda de desenvolvimento pós-2015, façamos justiça social fundamental para alcançar um crescimento equitativo e sustentável para todos.