Junho
No início do mês de junho, celebra-se o Dia Internacional da Criança e no meio do mês, concretamente no dia 16, celebramos o Dia da Criança Africana. Duas datas significativas que nos fazem recordar a importância de reflectir sobre a situação em que vivem e crescem os mais pequenos do nosso mundo.
Muita vezes o nosso olhar sobre as crianças é muito simples e por isso a relação que estabelecemos com elas é, ou de protecção excessiva ou de desinteresse total porque chegamos a pensar que delas, nada podemos aprender, o que está longe da realidade, pois as crianças ajudam-nos a descobrir o mundo de uma perspectiva diferente. Quantas vezes nos surpreenderam, talvez não pelas respostas, mas sim pelas perguntas que fazem.
Pois bem, as relações que estabelecemos com as crianças não são alheias aos contextos em que vivemos. Referindo-nos ao contexto, estamos a falar do ambiente social, político, cultural e familiar no qual estamos inseridos.
Os contextos em que crescem as crianças influenciam de maneira significativa (embora nunca determinante) no seu desenvolvimento. Assim, o desenvolvimento das suas capacidades intelectuais, afectivas e sociais têm relação com a educação e garantia de segurança que recebem, a alimentação que lhes é prestada, etc
A lei constitucional angolana diz no seu artigo 35º que: A protecção dos direitos da criança, nomeadamente, a sua educação integral e harmoniosa, a protecção da sua saúde, condições de vida e de ensino constituem absoluta prioridade da família, do Estado e da Sociedade. Angola tem ainda algum caminho a percorrer neste sentido, pois constatamos muitas situações em que as crianças são vítimas de uma série de abusos: abandono, desestruturação familiar, educação e saúde precárias por parte do Estado, etc
Este mês de Junho de 2014, torna-se uma oportunidade para pensar em mecanismos de protecção e defesa das crianças, assim como em estratégias justas e viáveis que sustentem o desenvolvimento das suas capacidades