O primeiro dia da VI Semana Social Nacional centrou-se na temática “Desenvolvimento Sustentável”. Para o investigador português, Rogério Roque Amaro, nos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) falta um objectivo sobre as questões culturais, outro que reforça a dimensão política e um terceiro que releva a dimensão ética; defendendo que com estas questões tornaria mais completa a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável.
O investigador assegurou ainda que “sem participação de todos não há Desenvolvimento Sustentável” e propôs a criação de uma instituição ou comissão da sociedade civil Angolana autónoma que garanta a fiscalização da implementação dos ODS.
Já o professor Filipe Pinto, da Universidade Católica Portuguesa, falou sobre a “Economia Solidária: estratégias alternativas de desenvolvimento”. O professor universitário reconheceu o potencial dos aspectos culturais africanos para a implementação de mais iniciativas de economia solidária, como alternativas de desenvolvimento das comunidades face a um mundo dominado pela economia de mercado e grandes empresas, que exploram os recursos e produzem, sem ter em conta as questões ecológicas e implicações nas famílias pobres.
O último tema do dia “Desenvolvimento integrado: contributos a partir de África” foi proferido pelo frei Gnangoran Anicet, da Ordem dos Pregadores no Benim, que relatou as experiências da Central Regional Songhai, que é um sistema de desenvolvimento no Benim e noutros países africanos que consiste na produção de alimentos e outros recursos a partir da própria realidade territorial.
“Na Central Regional Songhai, não importamos nada nem temos ajudas externas. Produzimos tudo internamente e com bases naturais”, contou frei Anicet que, no final, concluiu: “Só queremos dizer aos africanos que somos capazes de nos desenvolver”.
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