Imagem: Jornal de Angola
A secretária de Estado da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário, afirmou que o cumprimento da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável exige a participação dos governantes e dos cidadãos. A entrevista foi concedida à margem da VI Semana Social Nacional.
Decorreu a Semana Social, realizada pela CEAST e pelo Mosaiko, sobre Desenvolvimento Sustentável. O que dizer sobre a temática?
Antes de tudo, felicitar uma vez mais, a CEAST por continuar a manter viva esta abordagem das questões sociais. Esta Semana Social sobre Desenvolvimento Sustentável comporta-se de muita importância, é muito interessante ouvir a abordagem do Desenvolvimento Sustentável na perspectiva da comunidade e das pessoas que vivem no dia-a-dia diferentes problemas. E ouvir a sua experiência, a forma como resolvem as suas questões.
Duma maneira geral, todos contamos para o cumprimento da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, os decisores e executores do Estado, mas também a sociedade civil, as organizações comunitárias de base e os cidadãos.
O que tem a dizer sobre políticas públicas e o Desenvolvimento Sustentável em Angola?
Penso que já foi abordado aqui o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2020 (PDN), que é um plano orientador que traz políticas, programas e metas que o executivo pretende alcançar ao longo desse período.
A grande questão vai ser como vamos implementar, se temos capacidades, recursos humanos e consciência do que queremos fazer e quais as nossas prioridades. O desejo é que essas políticas e programas do PDN, efectivamente, nos ajudem a alcançar as metas previstas na Agenda 2030.
Como olha para as próximas gerações, tendo em conta a exploração de recursos naturais que tem sido feita no País?
O trabalho que tem que ser feito deve ser sustentável. É preciso que exploremos os recursos que temos neste momento, mas temos que olhar para as próximas gerações. A água, por exemplo, já não é um recurso tão abundante em muitas partes do mundo. Devemos cuidar de todos os recursos que a mãe natureza nos oferece de forma sustentável, ou seja, usando para ti e para aquele que virá.
O PDN está a ser aplicado desde o ano passado, O que dizer da materialização desse documento estratégico do Executivo?
De uma forma geral, é preciso olhar para cada um dos sectores. Vemos que há sectores em que conseguimos avançar um pouco mais e outros em que estamos mais atrasados. Mas como a meta é para cinco anos, penso que é melhor esperarmos o final desse período para podermos fazer uma avaliação. Vemos que muitas coisas estão a ser feitas, mas também que muito tem de ser feito. Essa é a nossa realidade.
Como o cidadão pode contribuir para a materialização do Plano de Desenvolvimento Nacional?
Fazendo uma monitoria do próprio plano. Primeiro, o cidadão deve conhecer quais são os seus direitos enquanto cidadão. E depois, saber que instituições existem no País ou na comunidade que podem ajudar a exercitar melhor os seus direitos. E terceiro, o cidadão deve saber como está a sua realidade relativamente a cada um desses direitos.
Juntos pelo Desenvolvimento Sustentável!