SEMINÁRIO: PODER TRADICIONAL E CIDADANIA

Abril de 2012 Missão Católica da Ndjinga, Benguela Apesar de ser a mais nova, a Associação YOVE tem uma política e dinâmica de trabalho muito fortes; os seus membros estão...

Abril de 2012

Missão Católica da Ndjinga, Benguela

Apesar de ser a mais nova, a Associação YOVE tem uma política e dinâmica de trabalho muito fortes; os seus membros estão ávidos de trabalhar para o bem das comunidades que representam. Com a sede social localizada na Missão Católica da Ndjinga, o grupo já tem duas representações: uma no Bocoio e a outra no Balombo, com espaços próprios. O género e os jovens estão muito bem representados – quer ao nível dos órgãos sociais, quer ao nível de base.

O exercício do poder das autoridades tradicionais das localidades do Balombo e Bocoio têm sido alvo de algumas interferências partidárias – sobretudo dos dois maiores partidos políticos (MPLA e UNITA) – com base numa constatação feita pelos activistas locais dos Direitos Humanos da Associação em análise.

Para consciencializarem os sobas sobre matérias de cidadania, a direcção do YOVE convidou o MOSAIKO| Instituto para a Cidadania para facilitar um seminário (realizado em Abril de 2012) sobre Poder Tradicional e Cidadania. Durante o evento fez-se vários apelos sobre a necessidade dos sobas a serem neutros com relação ao activismo partidário activo, por formas a resolverem com transparência e isenção os problemas das comunidades que dirigem.

No final da actividade, os sobas comprometeram-se me pôr em prática tudo o que aprenderam porque, confessaram, estavam inocentes e alheios da sua ligação com o Ministério da Administração do Território e do seu enquadramento na Administração do Poder Local.

Desde Julho de 2012, a Associação YOVE conta com uma nova Direcção, liderada pelo Sr. Sebastião Gonçalves Barros (Zezito), eleita na Assembleia Geral Extraordinária, como consequência da saída do Padre José Tchivangulula, que partiu para o exterior do país em missão da sua Congregação Religiosa.

Actualmente, a Associação está engajada no processo do seu reconhecimento legal, através de uma Comissão Instaladora, também eleita na referida Assembleia Geral.

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